GÊNERO CONTO
O conto é uma narrativa literária caracterizada pelo tamanho curto, com o foco em determinado acontecimento. Além disso, são histórias fictícias e com moral no final, como no caso dos contos de fadas.
A estrutura do conto conta apenas com um conflito, o clímax – parte de maior intensidade na história. Dessa forma, o conto é caracterizado por possuir poucos personagens, os espaços ou cenários são limitados e o recorte temporal é reduzido.
O conto ainda possui uma subcategoria, o microconto. Ou seja, é possível que as características do conto apareçam em apenas uma ou duas frases. Veja os exemplos:
- Vende-se sapatinhos de bebê nunca usados;
- Uma gaiola saiu à procura de um pássaro.
Dessa forma, as narrativas são classificadas como microconto e possuem um único conflito.
Estrutura do conto
O conto é estruturado com base na tipologia narrativa, ou seja, é necessária uma introdução, desenvolvimento e conclusão da história. Dessa forma, o conto contém a presença de personagens, de um narrador, do tempo, espaço, enredo e conflito.

Personagens
Resumindo, os personagens no conto são definidos pelos seres que dentro da narrativa sofrem ou executam ações. Dessa forma, os personagens podem ser constituídos com seres animados, como pessoas e animais, ou inanimados, dando vida à objetos e plantas.
Narrador
O narrador é definido por aquele (a) que descreve os acontecimentos. Dessa forma, é divido em três tipos: narrador em 1ª pessoa, narrador observador e narrador onisciente.
- Narrador em 1ª pessoa: é definido como aquele (a) que, além de narrar a história, também participa do enredo colocando os verbos em 1ª pessoa. Assim, também é chamado de narrador personagem;
- Narrador observador: é o tipo de narrador que não participa do que está acontecendo na trama, apenas relata os fatos desconhecendo do passado e futuro dos personagens. Logo, os verbos utilizados são na 3ª pessoa.
- Narrador onisciente: esse tipo de narrador também não aparece no decorrer da história, porém, é de seu conhecimento o passado e o futuro dos personagens.
Tempo
Tempo cronológico ou tempo da história - é o tempo em que a ação acontece.
Tempo psicológico - é um tempo subjetivo, vivido ou sentido pela personagem, que flui em consonância com o seu estado de espírito.
Em síntese, o espaço se refere ao lugar em que os personagens sofrem e executam as ações dentro do enredo. Ou seja, pode ser uma casa, rua, parque etc. Porém, por ter a característica de uma narrativa curta, o espaço é reduzido.
Enredo
Se constitui como as sequências de ações dentro da história. Logo, o enredo é responsável pela movimentação de personagens e composições da narrativa.
Conflito
Resumindo, o conflito dentro do conto é identificado como o momento de maior intensidade entre os personagens da narrativa. Assim, por ser um gênero de curta duração, o conflito é único.

Tipos de conto
Logo, o conto apresenta duas subdivisões devido as várias formas com que pode ser escrito. Dessa forma, as duas subdivisões mais comuns são: os contos fantásticos e os contos de fadas.
- Conto fantástico: as ações dentro da narrativa são consideradas irreais, ou seja, que fogem da realidade, sobrenaturais. Dessa forma, apresentam situações que não podem ser explicadas.
- Conto de fadas: são narrativas que possuem personagens antigos, medievais ou folclóricos como fadas e gnomos. Logo, são nesses tipos de conto em que a moral, ou seja, um ensinamento é passado ao final da história.

Exemplo
A rosa e o sapo
“A rosa se emocionava quando a elogiavam. No entanto, ela queria que a vissem mais de perto; não entendia por que todos a observavam à distância.
Um dia ela percebeu que a seus pés sempre estava um enorme sapo escuro. Ele não tinha nada de bonito, com sua cor opaca e suas manchas feias. Além disso, seus olhos eram bem esbugalhados, assustando a todos. A rosa entendeu que as pessoas não se aproximavam por causa desse animal.
Imediatamente, ela ordenou que o sapo fosse embora. Ele não percebia que dava a ela uma imagem negativa? O sapo, muito humilde e obediente, aceitou prontamente. Ele não queria incomodá-la e então foi embora.
Alguns dias depois, a rosa começou a se deteriorar. Suas folhas e pétalas começaram a cair. Ninguém queria mais olhar para ela.
Perto dela passava um lagarto que a viu chorando. Ele perguntou o que estava errado e ela respondeu que as formigas a estavam matando. Então o lagarto disse o que a rosa já sabia: “Era o sapo que comia as formigas e mantinha a sua